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As adições químicas e comportamentais são uma doença crónica que tem vindo a aumentar ao longo dos tempos. A disfuncionalidade do comportamento em indivíduos com esta problemática leva a que estes não tenham sucesso na manutenção da sua abstinência. Este comportamento, parece justificar-se por um evidente conflito motivacional sobre modificar ou não o comportamento que causa o problema.
O Modelo Transtéorico de Mudança de Comportamento foi desenvolvido por Prochaska e DiClemente (1983) e descreve a prontidão para a mudança através de estádios de motivação, pelos quais o indivíduo passa. Este modelo introduz na conceptualização da mudança uma dimensão temporal, de um fenómeno que ocorre ao longo do tempo e cuja evolução não é linear, sendo necessário que ocorram alguns processos de maneira a progredir para o estágio seguinte.
A motivação pode ser entendida como um “estado de prontidão para a mudança, que pode oscilar de tempos a tempos ou de uma situação para outra”.
Fases da Mudança:
1. Pré-Contemplação: A pessoa não tem a intenção de mudar e pode nem ter consciência do problema associado ao comportamento, estando presentes a negação e racionalização;
2. Contemplação: A pessoa reconhece o problema e começa a pensar nos seus pró e contras;
3. Preparação: A pessoa quer mudar num futuro próximo e começa a dar pequenos passos em direção a uma mudança de comportamento;
4. Ação: A pessoa está a fazer mudanças significativas e concretas no seu comportamento ou a iniciar novos comportamentos saudáveis;
5. Manutenção: A pessoa mantém os novos comportamentos de forma sustentada e está a trabalhar para prevenir a recaída;
A Recaída é o retorno aos padrões de comportamento antigos e disfuncionais, e pode ocorrer em cada uma das fases acima mencionadas, no entanto, é importante renovar a determinação e retomar a preparação e a ação.
Processos de Mudança
Existem algumas estratégias a utilizar nos vários estádios da mudança:
- Consciencialização;
- Sentir os riscos e inspiração pelos ganhos;
- O novo comportamento faz parte do que sou e do que quero ser;
- Acreditar na capacidade de mudar e assumir compromissos para a ação;
- Encontrar as pessoas que nos podem ajudar na mudança;
- Aumentar as recompensas do comportamento positivo e reduzir as do comportamento negativo;
- Abandonar os hábitos não saudáveis e substituir por outros mais saudáveis.
A falta de motivação é considerada como um obstáculo, tanto para o início como para a continuidade de um tratamento. Nem todas as pessoas que iniciam um tratamento estão preparadas para iniciar um processo de mudança.
Estamos aqui para o ajudar, a reconhecer a necessidade de ajuda e a procurar a motivação para a mudança!
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