![](https://static.wixstatic.com/media/ac3cee_2b7e4fc279b2426ba067168c0598e6b3~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_784,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/ac3cee_2b7e4fc279b2426ba067168c0598e6b3~mv2.jpg)
As Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) têm vindo a ser alvo de atenção por parte da comunidade científica, não só pelo comprometimento e morbilidade psiquiátrica associada, mas também pelo facto de afetarem um número elevado de mulheres jovens.
As PCA são problemas psicopatológicos graves, carcaterizados por uma perturbação ao nível dos hábitos alimentares e uma preocupação excessiva do peso corporal e da aparência física, que provocam um défice significativo na saúde física e/ou no funcionamento psicossocial.
As PCA mais comuns são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Em que diferem?
Na Anorexia Nervosa está presente uma restrição persistente de energia, levando a uma diminuição significativa de peso para a idade, sexo, desenvolvimento e saúde física. Além do baixo peso corporal, as características mais típicas de uma pessoa com anorexia nervosa são o medo intenso de ganhar peso e uma perceção distorcida da forma corporal, levando-a a pensar que está gorda quando já se encontra abaixo do peso considerado saudável. Quando o peso é gravemente baixo, as pessoas com esta patologia manifestam sintomas depressivos, como humor depressivo, isolamento social, irritabilidade, insónia e diminuição do interesse sexual.
A Bulimia Nervosa implica que existam episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva, caracterizados por:
(1) comer num curto período de tempo uma grande quantidade de alimentos, maior do que a maioria das pessoas comeria num período de tempo semelhante e sob as mesmas circunstâncias
(2) sensação de perda de controlo sobre o ato de comer.
Como consequência do ato compulsivo ocorrem comportamentos compensatórios inapropriados para prevenção de ganho de peso, como a indução de vómitos, utilização de laxantes ou diuréticos, restrição alimentar e exercício físico excessivo. A frequência dos atos compulsivos e compensatórios ocorrem em média uma vez por semana ao longo de três meses. Ainda, é importante referir que a autoavaliação que as pessoas que apresentam esta patologia fazem é indevidamente influenciada pelo peso e a forma corporal.
Os indivíduos com bulimia nervosa sentem-se muitas vezes envergonhados pelos seus problemas alimentares, o que os faz ocultar os seus sintomas e ingerir compulsivamente sem dar nas vistas.
O impacto da sociedade e dos familiars e amigos próximos parece ser muito importante. Comentários negativos sistemáticos e repetitivos sobre o corpo de uma pessoa, a participação em atividades físicas onde se destaca a imagem corporal, o envolvimento em situações traumáticas, nomeadamente, abusos sexuais, são fatores que podem desencadear uma perturbação alimentar.
Reconhece que tem alguma destas características? E alguém próximo de si?
A ReCare está aqui para ajudar!
Commentaires